Há mais de um século a odontologia tenta definir o que seria uma oclusão ideal. Nos anos 50 do século passado, dois pesquisadores foram fundamentais para definição atual: Ulf Posselt e Angelo D´Amico. O primeiro demonstrou a maneira como ocorre o movimento mandibular e o segundo demonstrou como ocorre a desoclusão e o papel dos dentes anteriores, principalmente do canino, neste processo. Mesmo havendo controvérsias a respeito da posição ideal dos côndilos nas respectivas fossas mandibulares e a respeito da melhor maneira de obter esta posição clinicamente, podemos afirmar que numa oclusão ideal todos os componentes biomecânicos trabalham em equilíbrio, com o mínimo esforço necessário e com o mínimo de desgaste para o sistema oclusal. Com o uso, evoluí de forma a não gerar patologias. Trata-se de um sistema biomecânico submisso a um sistema neural complexo que também deverá estar em equilíbrio.
Imagem 1 - Máxima oclusão ou máxima mordida de uma boca de mais de 20 anos que nunca se submeteu a nenhum tipo de correção ortodôntica. A forma e tamanho dos dentes, o alinhamento tridimencional e a coincidência da linha média, o posicionamento mesial dos caninos inferiores em relação aos superiores e as cúspides mesio-vestibulares dos primeiros molares superiores situando-se no sulco mesio-vestibular dos primeiros molares inferiores são um bom indício de que esta boca trabalha em equilíbrio.
Imagens 2 e 3 - Visões laterais da máxima oclusão. O encaixe dos dentes não deixa espaços evidentes. Parece haver um equilibrio entre inclinações pró-mesial, pró-distal, pró-lingual e pró-bucal. A máxima força de fechamento parece estar bem distribuída. O sistema dentário parece estar bem preservado apesar pequenos desgastes. Os principais desgastes aparecem nas cúspides mesio-vestibulares dos primeiros molares posteriores. Uma decorrência natural do tempo da dentição mista, quando a guia lateral ficou ancorada nos primeiros molares permanentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.